Olá a todos! Adivinha a novidade?? Estive recentemente em Uluru / Ayers Rock, Northern Territory, Austrália. O ‘Outback Australiano’, para ser mais específica. Você já ouviu falar da famosa rocha Uluru? Então, ela está localizada lá! Por sinal, esse lugar se situa literalmente no meio do nada, considerando as áreas urbanas. A cidade principal mais próxima de Uluru / Ayers Rock é Alice Springs, localizada a 467 km.
O local é isolado, é muito seco, faz calor (durante o dia), é lindo! Na verdade, me lembrou muito da região semi-árida do Nordeste do Brasil, região de onde sou originalmente. No entanto, os tons de terra vermelha no ‘Outback Australiano’ são bastante únicos e se integram maravilhosamente à paisagem geral.

Uluru, Uluru/Ayers Rock, NT

Hotel Desert Gardens, Uluru/Ayers Rock, NT
A paisagem é incrível, a cultura aborígine é muito interessante, o próprio Uluru é deslumbrante, e a arquitetura que encontrei lá, especialmente para os hotéis, é única, embora não haja muitos elementos de influência indígena claramente visíveis. No entanto, ainda é interessante e aparentemente preocupada com as necessidades climáticas locais. Na verdade, me lembrou um pouco da arquitetura de Lelé, João Filgueiras Lima, arquiteto brasileiro famoso por seu estilo de arquitetura bioclimática. As semelhanças provavelmente se devem à preocupação dos arquitetos envolvidos com os sistemas de sombreamento e refrigeração passiva interna.

Hotel Desert Gardens, Uluru/Ayers Rock, NT

Hotel Desert Gardens, Uluru/Ayers Rock, NT

Hotel Desert Gardens, Uluru/Ayers Rock, NT

Exemplo da Arquitetura de Lelé, Hospital Sarah Brasilia. Extraido de: https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/19.073/6891?page=7

Exemplo da Arquitetura de Lelé. Extraido de: https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/16.181/5592
A cidade de Uluru / Ayers Rock é basicamente um grande resort no meio do nada, com três hotéis principais que servem de apoio aos turistas que visitam o Uluru e seus arredores, o Parque Nacional Uluru-Kata Tjuta. O nível de urbanização é muito baixo e a taxa de ocupação territorial é mínima. Com exceção das estradas, até as calçadas para pedestres são em terra batida. Tudo é mantido de uma maneira rústica. A intenção, provavelmente, foi fazer pequenas intervenções e manter a região mais próxima do estilo de vida de seus ocupantes originais, o povo Anangu.
Infelizmente, desta vez não pude visitar nenhuma arquitetura original Anangu. Talvez seja algo que me faça voltar outra vez, para ter essa conexão ainda mais próxima com a cultura local. Também não fomos autorizados a tirar fotos, devido a santidade do lugar, do lindo ‘Centro Cultural’ do Parque Nacional Uluru-Kata Tjuta, o qual vale muito a pena uma visita.

Ayers Rock/Uluru, visão geral da cidade
Não tenho dúvidas de que viajar para o “coração” da Austrália é uma experiência que todo visitante, sem mencionar os próprios australianos, deve ter um dia. Eu acho que meio que encontrei a conexão com a terra que eu estava procurando desde que cheguei neste lado ‘Down Under’ do globo. Gratidão é o meu sentimento!
* Todas as imagens deste post pertencem à galeria pessoal da escritora e correspondem à propriedade intelectual, caso contrário, conforme observado.