Olá a todos! Como vão as coisas? O parque municipal existente ‘Bosque das Mangueiras’ – localizado na cidade de Natal, Brasil – foi redesenhado em 2016 para abrigar um projeto social de agricultura orgânica urbana com apoio governamental que incluía novas áreas para aprendizagem comunitária , cultivo, processamento e comercialização de produtos cultivados por pequenos produtores.
Perspectiva do edificio principal educacional, ao fundo, e da estufa para desenvolvimento de sementes à direita. Fonte: Arquivo pessoal da autora, cedida por Débora Aquino..
Perspectiva da estufa em forma de losango para desenvolvimento de sementes. Fonte: Arquivo pessoal da autora, cedida por Débora Aquino.
Perspectiva da estufa em forma de losango para desenvolvimento de sementes. Fonte: Arquivo pessoal da autora, cedida por Débora Aquino.
O Projeto
Os desenhos das fases Conceitual e de Aprovação foram elaborados pela autora deste Blog em colaboração com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal – equipe de arquitetura da SEMURB. Teve a flor ‘Chanana’, uma espécie local comum, como princípio inicial do conceito de projeto, uma abordagem biomimética no projeto arquitetônico.
O edifício educacional e administrativo teve o formato de uma flor ‘Chanana’, sendo o edifício principal do complexo. Seus diversos blocos integrados foram projetados de forma a atingir o mais alto nível de Eficiência Energética para edifícios comerciais e institucionais estabelecido pela etiqueta energética brasileira PROCEL/Edifica. As principais estratégias adotadas foram o resfriamento passivo através de ventilação natural e iluminação natural, de acordo com o clima tropical úmido e extremamente ensolarado local.
Planta do projeto mostrando a configuração do parque, localização dos edifícios, orientação e seus dois acessos (Norte e Sul). Fonte: Arquivo pessoal da autora.
Processo de design do projeto desde o conceito até desenhos arquitetônicos 3D. A flor ‘Chanana’, uma espécie local, como principal fonte de inspiração para o bloco educacional. Fonte: Arquivo pessoal da autora.
A planta do bloco educacional mostrando sua configuração em forma de flor. Fonte: Arquivo pessoal do autor.
Fachada do edifício mostrando sua geometria simétrica e coberturas inclinadas como parte da estratégia de proteção solar. Fonte: Arquivo pessoal da autora.
Seção do edifício mostrando sua geometria simétrica e telhados inclinados como parte da estratégia de proteção solar. Fonte: Arquivo pessoal da autora.
Parte do bloco educacional com suas estratégias de ventilação natural e elementos de madeira para proteção solar. Fonte: Arquivo pessoal da autora, cedida por Débora Aquino.
Parte do bloco educacional com seus elementos de madeira para proteção solar servindo também como suporte para plantas trepadeiras. Fonte: Arquivo pessoal da autora, cedida por Débora Aquino..
Parte do bloco educacional com seus elementos de madeira para proteção solar servindo também como suporte para plantas trepadeiras. Fonte: Arquivo pessoal da autora, cedida por Débora Aquino.
Parte do bloco educacional e seu pátio principal destinado a atividades comunitárias. Fonte: Arquivo pessoal da autora, cedida por Débora Aquino.
Parte do bloco educativo e seu pátio principal destinado às atividades comunitárias, integrando-se à paisagem circundante. Fonte: Arquivo pessoal da autora, cedida por Débora Aquino.
Parte do bloco educacional e ciclovias e faixa de pedestres no entorno. Fonte: Arquivo pessoal da autora, cedida por Débora Aquino..
A área destinada à higienização e processamento de alimentos foi instalada em um prédio específico com cobogós para ventilação natural. O complexo inclui ainda uma estufa, uma área aberta para feira de alimentos orgânicos de fim de semana e uma horta experimental em formato de meia mandala onde as cooperativas de produtores de alimentos orgânicos poderiam desenvolver suas pesquisas.
Edifício de higienização e processamento de alimentos projetado para funcionar com ventilação natural e seus cobogós. Fonte: Arquivo pessoal da autora, cedida por Débora Aquino.
Edifício de higienização e processamento de alimentos projetado para funcionar com ventilação natural e seus cobogós. Fonte: Arquivo pessoal da autora, cedida por Débora Aquino.
O Parque Anterior
O Parque anterior existente. Fonte: Arquivo pessoal da autora.
O Parque anterior existente. Fonte: Arquivo pessoal da autora.
O Parque anterior existente. Fonte: Arquivo pessoal da autora.
Conclusão
Mesmo sendo um empreendimento municipal, o projeto foi aprovado e financiado principalmente pela SUDENE, órgão do governo federal brasileiro focado no desenvolvimento da região Nordeste do país. É interessante notar que a execução do edifício não ficou 100% conforme projetado principalmente devido a eventuais contratempos tão comuns no setor público no Brasil. No entanto, esteve perto o suficiente para perceber que ideias simples ainda podem criar um impacto considerável na Arquitetura local e na forma como a população vivencia o ambiente.
Espero que vocês tenham gostado de conferir as imagens relacionadas ao projeto, e se inspirado de alguma forma, que foi desenvolvido pela nossa equipe com tanto carinho e inaugurado recentemente, em abril/2023, para a população! ♥
* Outro projeto interessante relacionado à produção de Alimentos Orgânicos em áreas urbanas, localizado desta vez na Austrália, foi postado anteriormente em nosso Blog, Melbourne Skyfarm, e vale muito a pena uma visita.
Nathalia Braga
Nathalia Braga is a Brazilian Architect and Urban Planner working in the industry since 2009. Currently works and resides in between Brazil and Australia since 2017. Passionate about design in general, people, photography, coffee, music, philosophy and yoga (and other things but it would get too long).